segunda-feira, 3 de março de 2008

FIM DA ERA FIDEL, OU MUDANÇA POLÍTICA?

FIM DA ERA FIDEL, OU MUDANÇA POLÍTICA?

Após 49 anos de ditadura Cuba teve seu absoluto líder, presidente e comandante das Forças Armadas, Fidel Castro Ruz, renunciar ao cargo de maior poder político e prestígio do país. Fidel renunciou a presidência na última terça-feira dia 18, em um texto publicado no jornal estatal “Granma”, em conseqüência de uma grave doença intestinal que o afastou do poder desde julho de 2006. Desde então seu irmão Raúl Castro, que também é Ministro da Defesa de Cuba, está à frente do governo do país, podendo assumir agora o posto do irmão mais velho.

Fidel Castro anunciou sua renúncia cinco dias antes da sessão do parlamento cubano no qual poderia ser candidato à reeleição para um mandato de cinco anos. Enquanto não se define o nome do novo presidente, que será estabelecido no neste domingo dia 24 de fevereiro, Raúl é o presidente interino de Cuba.

O ex-presidente teve um governo forte e centralizado, que sempre esteve como notícia no cenário mundial quando o assunto era política. Em sua trajetória estão marcados grandes vitórias assim como também grandes perdas, por muitas vezes demasiadamente significativas para o país, como o embargo norte-americano que perdura há mais de quarenta anos. Esse é um dos maiores problemas que a economia cubana sofre, o impedimento de abertura de mercado, a relação estreita que os países possuem e o crédito, que poderia ser concedido ao país e ajudar em seu desenvolvimento.

A longa e tortuosa jornada política de Fidel inicia-se com a magnífica defesa que ele realizou quando foi levado a julgamento pelo crime de ter enviado seus seguidores a um ataque suicida a um quartel. O jovem advogado defendeu-se brilhantemente dizendo aos juízes que “a história me absolverá”. Daí na tentativa de livrar o país da ditadura implantada por Fulgêncio Batista, seu grande rival, instaurou seu próprio governo, como autoridade máxima, sendo um déspota cubano. Cuba representava Fidel, em conseqüência, quem tinha fidelidade e amor pela pátria tinha também pelo presidente, como se ambos fossem únicos.

Outra participação importante no cenário político cubano foi a do médico e comunista convicto Che Guevara, que inspirado pelos ideais dos heróis socialistas Marx, Engels e Lênin, se transforma na mão direita de Fidel Castro, assumindo o cargo de ministro da indústria e posteriormente em presidente do Banco Nacional. Che Guevara foi fundamental no desligamento de Cuba com os EUA, política que para ele era insustentável pelo ideal comunista que corria pelas suas veias, e fez com que Cuba se aproximasse ao bloco comunista.

Com a saída do déspota cubano vem a indagação se o triunfo e a Era Fidel teria acabado, mas com a possível tomada de poder de seu irmão Raúl, parece mesmo que, por traz das câmeras, as suas vontades ainda seriam leis, não acabando literalmente o seu reino comunista , que marcou durante quase cinco décadas a história política mundial.




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